O filósofo do direito e presidente do Instituto Luiz Gama, Silvio Almeida, destrincha didaticamente o conceito de racismo estrutural | Veja o VÍDEO
Quando o tema é racismo a polêmica parece garantida. Alguns o consideram um desvio de caráter, algo de índole pessoal; outros uma espécie de consipração maquiavélica para destruir o povo negro. Outros, incluive, consideram que ele é coisa do passado, exergando tudo como a ordem natural das coisas, em que alguns alimentariam discursos paranóicos com finalidades políticas.
O inegável é que temos como sociedade uma enorme dificuldade de tratar do racismo, de entender como ele opera no cotidiano da nossa vida e, em especial, como ele faz parte da sociedade brasileira como um todo. A pesquisa realizada pela BemTv/UFRJ nas cidades de Niterói e São Gonçalo, deixa claro tanto o impacto do racismo no acesso de jovens ao mercado detrabalho, como o fato de quase ninguém se considerar racista, em uma sociedade em que mais do 90% dos entrevistados reconhece a existência do racismo.
Na Campanha [r+H] recursos mais Humanos, ligada pelo tema à campanha #QualPerfil? usamos o conceito de racismo estrutural para nos referir a esse “algo” que impede ou dificulta, de foma objetiva, o acesso de jovens negros e negras ao mercado de trabalho, indepndente das suas qualificações ou experiência anterior.
O filósofo do direito Silvio Almeida destrincha didaticamente o conceito de racismo estrutural neste depoimento à TV Boitempo. Almeida é pós-doutor em Filosofia e teoria geral do direito pela USP, presidente do Instituto Luiz Gama e autor de “Sartre: direito e política” e “O direito no jovem Lukács: a filosofia do direito em História e Consciência de Classe” (Alfa-Ômega, 2006). Mas com esse currículo todo, o que chama mais a atenção é sua capacidade de expor a questão de forma simples e ao mesmo tempo rigorosa. Assita o vídeo para enteder do que estamos falando.