A Frente Papa Goiaba de Promoção dos Direitos da Juventude Negra é construída a partir das fissuras na garantia de direitos de jovens negros e favelados do leste fluminense. O projeto é um desdobramento da “Central Solidária de Oportunidades” (CSO), iniciativa desenvolvida pela Bem TV, que recebeu apoio da União Europeia entre 2012 e 2015, e que segue atuando no território de Niterói e São Gonçalo, agora com uma linha específica de encaminhamento de jovens negros a oportunidades de inserção no mundo do trabalho.
Com a missão de enfrentar a invisibilidade do racismo institucional em Niterói e São Gonçalo e o despreparo das organizações sociais do território para promover esta discussão o projeto investe em três linhas de ação:
Produção e Disseminação de Informação, Capacitação e Incidência Política.
Perante o questionamento de se o racismo institucional afeta de fato o acesso da juventude ao mercado de trabalho e de quê modo, A Frente Papa Goiaba de Promoção dos Direitos das Juventudes Negras decidiu sair do achismo.
É dessa inquietação e compromisso que surgiu a pesquisa “A incidência do racismo na empregabilidade da juventude em Niterói e São Gonçalo“.
Realizada pela equipe da BemTv com assessoria do Departamento de Métodos Estatísticos da UFRJ e apoio da União Europeia, a pesquisa inédita visa dar uma base objetiva às políticas públicas de combate ao racismo institucional e fortalecer o movimento social articulado pela Frente.
Criado em 2013 por Wladmir "Wlaad"' Vieira e Pablo "Psico" Silva, nas ruas de Niterói - RJ, o grupo tem como carro chefe a liberdade plena de expressão, o 22Cria nasceu do anseio imediato de 2 garotos se expressarem, quando se de paparam em diversas situações adversas a que eles queriam em suas vidas e diferentes do que eles julgam ideal para termos uma vivencia, no mínimo, digna.
Diante disso, ficou eminente a necessidade de se expressarem, e passar as suas visões de vida e mundo. Não se assuste em observa-lós surfar por diversas vertentes dentro do rap, abordando diversos assuntos e vivências! Tudo faz parte do contexto em que vivem, é o cotidiano da zona sul de Niterói, tudo isso é refletido em suas músicas. A essência é a liberdade, e a ideia vem sempre com um fundamento e algo que contribui, de alguma forma, para nossa vivência.
O 22 vem da loucura, da vida, da rotina em que somos inseridos, loucura particular de cada Ser, e o CRIA é por sermos cria da música, da favela, da rua,Cria do RAP. 22Cria é a união e a liberdade, a sanidade e a loucura, são sonhos e ideais, com a musicalidade livre!
O África em Nós nasceu na cidade de São Gonçalo em setembro de 2015 através da atuação de profissionais e estudantes negros das áreas de Jornalismo, Enfermagem, Estudantes Secundaristas, Psicologia, Economia, Fotografia e Arquitetura e Urbanismo.
O projeto “África em Nós” visa valorizar e reconhecer a cultura negra, trazendo o negro como construtor e peça ativa da história e da cultura afrobrasileira. Compreendendo as instituições escolares como um espaço de formação social e não apenas de ensino e tendo como porta de entrada a Lei no 10.639/03, que torna obrigatória a abordagem curricular do negro em nossa sociedade, o projeto realiza visitas aos espaços convocados, sobretudo às instituições de ensino público e privado com o objetivo de “sustentar” a lei lutando pela continuação de sua obrigatoriedade e levantando questões em torno da estética, da representatividade e das desigualdades sócio-raciais em torno da população negra no Brasil, resgatando e enaltecendo as suas origens.
O “África em Nós” tem a missão de combater o racismo e a violência institucional por via da educação popular, beneficiando especialmente os negros e favelados. As atividades acontecem nas escolas e têm como objetivo trabalhar não só a autoestima, mas trazendo à consciência a possibilidade dos estudantes e da comunidade escolares em si como agentes transformadores, dentro e fora dessas instituições. O trabalho traz como ideal uma construção contínua de acompanhamento e apoio à criança e ao jovem em sua formação enquanto cidadão, sobretudo cidadão negro. Em cada intervenção há possibilidade de identificar e acolher habilidades de alunos negros que possam integrar o grupo em nossa “Rede de Articulação” e transmitir o seu conhecimento em outras ações, posteriormente, sendo dialogado com os seus familiares, a fim de integrá-los também.
O Baobab – Reduto Afro Cultural de Niterói nasceu da idéia de se criar um projeto de território e cultura, que identificasse, desse visibilidade e reunisse num só lugar uma mostra da cultura negra que acontece na cidade. Um espaço exclusivo para que os afros niteroienses pudessem chamar de seu.
Por ser Niterói é uma cidade “tipicamente branca”, de costumes e hábitos que não contempla a população afrodescendente, que está em todas as camadas desta sociedade, principalmente nas classes C, D e E, que vivem em sua maioria nos morros, e em todos os bairros das regiões da cidade, o Baobab tornar-se um evento de território, de união e resistência cultural. É composto de artes integradas, que identifica e reafirma valores, bem como une e promove a cultura desenvolvida pela população negra da cidade. Um projeto que tem com objetivo de dirimir preconceitos, pois acredita que uma cidade aberta para o crescimento e para a inovação, valoriza os direitos humanos, as diversidades e suas raízes, assim como respeita as características da sua população.
Assim representa uma iniciativa que promove respeito, justiça, inclusão, cidadania e à sustentabilidade de pequenos empreendedores locais. Com foco no desenvolvimento cultural e econômico do povo preto de nossa cidade, o Reduto também é capaz de fomentar o turismo e contribuir com a ocupação cultural típica no centro da cidade, além de oferecer mais uma opção de diversão e interação para todas as famílias niteroienses.
A Associação Centro de Formação Profissional de Jardim Catarina, mais conhecido como Centro Comunitário de Jardim Catarina é uma instituição sem fins lucrativo. Existe legalmente desde agosto de 1998,a origem da instituição, no entanto, foi através do clube de mães iniciado em 1990 na Igreja católica ( Santa Catarina Laboure). Desde do inicio a missão e o objetivo era ofertar processos educativos visando ampliar a perspectivas de vida da juventude. O ccjc atua nas áreas de educação,cultura e empreendedorismo, entre os objetivos, desenvolver e ofertar processos educativos para jovens de Jardim Catarina,visando seu crescimento profissional e emancipação política. Empoderar mães de Jardim Catarina de modo que elas sejam canal de fortalecimento da identidade negra dos jovens moradores.
Há quatro anos fazendo jus ao compromisso com a ancestral Arte do Palhaço e com a arte pública, a Cia Mala de Mão têm trazido para a platéia um repertório hilário de números às praças, ruas, semáforos, coletivos e espaços públicos da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Apesar de baseada em Niterói a Cia. elenca, além de niteroienses, também gonçalenses e cariocas em sua atual formação composta pelos palhaços Lá Menor (Guto Porto), Tita (Thallita Flor) e Forrobodó (Eddie Miranda).
Com números que incluem desde fogo, acrobacias atrapalhadas, mágicas cômicas, malabares desastrados e reprises clássicas da arte do picadeiro esta Cia. vem firmando seu compromisso com a arte pública de qualidade já estrelando inclusive espetáculos de engajamento social envolvendo temáticas de combate ao racismo, violência contra a mulher e prevenção ao suicídio.
A Cia. Mala de Mão ao fazer do chapéu a sua militância e sustento, e acreditando no potencial interventor da comédia têm como referência para sua poética e estética o diálogo com outros artistas circenses ou não que possam contribuir para a criação de uma linguagem crítica, lúdica e engraçada para seus espetáculos. Dentre eles se destacam Mestre Benjamim de Oliveira, Abdias do Nascimento, Augusto Boal e Bertold Brecht.
Mala de Mão é composta por Thallita Flor (palhaça), Guto Porto ( palhaço) Eddie Miranda (palhaço) e Amanda Soares (bastidores e fotografia).
A COMASG foi criada em 2014 em vista da necessidade da união coletiva dos terreiros da cidade e do entorno no tange formalização, capacitação dos líderes e visibilidade a partir das políticas públicas voltadas para essa população tão perseguida pela sociedade civil e pelos demais segmentos religiosos. Lançada no Centro Cultural Joaquim Lavoura numa plenária com mais de 200 pessoas dentre elas lideranças de vários terreiros da cidade. A COMASG tem a missão de promover e divulgar a identidade religiosa e a cultura oriunda dos ancestrais africanos e perpetuar o trabalho sociocultural já existente nos terreiros nesse milénios de resistência.
O Conexão Favela & Arte é um Instituto sem fins lucrativos e que tem como meta incluir + Arte, Cultura, Música e Educação nas Comunidades da Cidade.
Nossa missão é buscar junto às comunidades e com o apoio de colaboradores a realização de projetos sociais voltados para a inclusão social e a descoberta de novos talentos através de oficinas de arte, música, esporte entre outras, proporcionando cultura a lugares em que muitas vezes o estado não ou atua ou é omisso.
Criado em 2005, o Espaço Múltiplo Orla vem acolhendo famílias, crianças, adolescentes e gestantes no âmbito da proteção social básica, atuando na prevenção e inclusão social. Temos o objetivo de fortalecer a cidadania, estimular e desenvolver suas potencialidades através de atividades educacionais, recreativas, culturais e artísticas, promovendo discussões em grupo para o autoconhecimento, solidariedade e seus direitos.
Fundação privada sem fins lucrativos - Serviço de Proteção Social Básica para crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social. Atender integralmente o ser humano independente de sua condição social, credo religioso, cor ou raça no plano físico, cultural, social, educacional, assistencial e espiritual.
Fundado em 1998 pelos irmãos Lars, Torben, Axel Grael e o velejador Marcelo Ferreira, o Projeto Grael é uma organização não – governamental (ONG), que tem como objetivo contribuir para a transformação social a partir da democratização do acesso de jovens à prática do esporte da vela, que funciona como um importante método de educação e desenvolvimento humano.
Desde a sua fundação, mais de 16 mil jovens e crianças da rede pública de ensino foram, e estão sendo, educados por meio da vela e preparados para o mercado de trabalho. A cada semestre, aproximadamente 400 alunos com idade entre 9 e 29 anos, são formados nos cursos e programas gratuitos na área de formação náutica.
Hoje, o Projeto Grael comemora 20 anos de muitas conquistas e resultados positivos para a sociedade.
O Matrizes que Fazem é um projeto social de ações sociais e afirmativas, vinculado ao Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo, coordenado por Mãe Márcia D'Oxum.
Estimular o respeito dos valores religioso e culturais nos diversos segmentos sociais, solidariedade ao próximo, desenvolver os talentos individuais e coletivos e colaborar na formação do caráter pessoal, para a formação de um mundo melhor.
Fundado como Movimento Unificado contra a Discriminação Racial em 18 de junho de 1978 depois acrescentando a palavra Negro, o MNU nasceu como um movimento de combate ao racismo estruturado na nossa sociedade que atravessa o mercado de trabalho, educação, a segurança publica e a saúde da população negra.
Tendo como premissa o fortalecimento do poder politico do movimento uma estratégia adotada é combinar a luta do negro com a de todos os oprimidos da sociedade, mas levando em conta que o recorte racial aumenta a base oprimida de quaisquer minorias.
O MNU entende que toda luta contra os preconceitos são importantíssimas, mas que o recorte racial, sobretudo, externaliza e potencializa toda discriminação embutida sobre o povo negro do Brasil.
Imbuídos desse ideal o MNU-Niterói nasce como um braço forte desse movimento, com o objetivo de enfrentamento do preconceito racial na cidade de Niterói.
Tendo em vista que a cidade de Niterói é reconhecida como uma das cidades com o maior índice de desigualdade social do estado do Rio de Janeiro, trazer o debate do racismo neste município é importante para que tal debate consiga envolver a sociedade niteroiense, mudar seus paradigmas e despertar a população para esse assunto.
Com integrantes de vários setores da sociedade civil e movimentos sociais, o MNU-Niterói atua com muita institucionalidade na cidade e ao mesmo tempo trabalha para ampliação do discurso de luta contra o racismo e as consequências , principalmente para a juventude negra de Niterói que é uma das mais perseguidas e assassinadas no estado do Rio de janeiro.
Movimento que defende uma renovação de princípios, práticas e pessoas na nossa política. Renovação com uma prioridade: superar nossas profundas desigualdades, barreiras a um projeto de país mais estável, justo e desenvolvido.
A Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil foi criada pelo Conselho Federal da OAB em 2016, com o intuito de resgatar a história da escravidão negra. Atualmente está instalada em 15 seccionais. “Vamos buscar fatos, provas, pistas sobre a história da escravidão negra no Brasil, em locais que foram objeto de esquecimento. Com isso queremos comprovar o horror que foi e ajudar aquela parcela da população brasileira que não entende por que temos que ter ações afirmativas para a população negra”, explicou o advogado Humberto Adami Santos Junior. “A ideia é falar em reparação da escravidão. As políticas de ação afirmativa são muito pequenas para apagar 350 anos de escravidão e 500 anos de uma desigualdade racial que vem desde o tempo da escravidão – posturas que se refletem hoje no racismo contemporâneo”, afirmou Santos Junior.
COMBATE AO RACISMO E A DISCRIMINAÇÃO RACIAL,tentando formar uma sociedade igualitária. Fazemos levantamento da nossa historia e da nossa cultura, como posso citar Fazenda Engenho Novo, Fazenda Columbandê, Fazenda Santa Izabel, entre outros.
Fazemos também um resgate da nossa historia viva, do movimento negro e a trajetória de alguns militantes (vivos ainda), que nos passa e monstra como foi criado e a evolução desde os anos 60/ 70/ 80/ 90, fazendo um paralelo de conquistas e avanços, preservando a nossa cultura. Trazemos também os militantes invisíveis, que com sua experiencia e orientações, formaram filhos, sobrinhos, vizinhos e amigos, fazendo um papel impar na sociedade e que ninguém nota a sua importância, seja eles professores, advogados, contadores, cabeleireiros, bailarinos, sambistas, artistas, líderes de todas as religições, etc..., ou simplismente cidadãos.
Nosso desejo é que as pessoas com HIV não sejam discriminadas, obtenham o cuidado apropriado de acordo com as suas necessidades, tenham acesso à atenção, à saúde, e que no mínimo prazo possível consigamos reduzir o número de novos casos de infecção pelo HIV e de óbitos por AIDS.
A UNEGRO foi criada em 1988, na esteira de um intenso processo de luta por uma Constituição mais democrática e capaz de assegurar os direitos de todo o povo. A Carta Constitucional, que resultou de um amplo processo de mobilização dos movimentos sociais, proclamou a igualdade formal de direitos e, finalmente, tirou o racismo da condição de contravenção penal e o qualificou de crime inafiançável e imprescritível.
A UNEGRO (União de Negras e Negros Pela Igualdade) organizada em 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO trava uma luta racial e combater as desigualdades. Hoje, aos 30 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente. Na esteira de um intenso processo de luta por uma Constituição mais democrática e capaz de assegurar os direitos de todo o povo. A Carta Constitucional, que resultou de um amplo processo de mobilização dos movimentos sociais, proclamou a igualdade formal de direitos e, finalmente, tirou o racismo da condição de contravenção penal e o qualificou de crime inafiançável e imprescritível.
Ainda o racismo continua a ser perpetuado mais felizmente, há vozes que denunciam e apresentam essas questões, tanto pela militância quanto pelas vias intelectuais e profissionais é uma dessas importantíssimas vozes. Negligencia sofrida pelas mulheres negras, seja no Brasil neste estado. Mais uma vez e nós a denunciar a potencializarão do racismo com os valores machistas dominantes em tantos lugares do mundo; sobretudo porque esses fatos expõem as bases da discriminação vivida atualmente, construída sobre os alicerces escravistas e etnocêntricos de uma cultura que inferioriza ainda mais pobres e negros que em sua maioria mulheres negras na base desta pirâmide a baixo algumas de nossas ações. E assim avança para além da consciência crítica sobre a misoginia nossa identidade e transforma a relação de solidariedade entre negras, negros e não negros.
A UNEGRO (União de Negras e Negros Pela Igualdade) dispõe de algumas comissões nos diferentes estados que se faz presente, que são chamadas de pastas, que envolve cultura, juventude, saúde, matriz e mulheres, dentre outras. E essas pastas tem uma comissão responsável pelas articulações desenvolvida por cada uma, que assume o compromisso de acompanhar as diversas frentes existentes relacionadas a fomentar políticas públicas relacionadas a cada demanda social, em cada um desses estados.
A Biblioteca Engenho do Mato, BEM, nasce das batalhas de rap na praça deste bairro periférico de Niterói, em 2013. Jovens e moradores locais resgataram a antiga biblioteca do abandono de mais de dez anos. Com arte, mutirões e a contínua libertação de livros, a BEM tem a proposta de se tornar referência de autores e realizadores negros.